John T. Wenders disse uma vez: "Há uma diferença entre democracia e liberdade. A liberdade não pode ser medida pela possibilidade de se poder votar. Ela pode ser medida pelo âmbito daquilo sobre o qual não se vota".
Entre ontem e hoje, em um período histórico para a
população brasileira, no qual foi-se votado e aprovado pelo Senado Federal o
afastamento da Presidente da República Federativa do Brasil, se marca o início do
amadurecimento ou renascimento da nova democracia em nosso território neste
novo século, neste novo milênio. Porém, não foste bem recebido por todos os
públicos.
Ao ligar os noticiários pelas manhas que eram marcadas pelo impeachment,
percebi um estado de completa anarquia instalado em todos os rincões do país.
Alguns protestavam contra a livre iniciativa do mercado, contra a LIBERDADE,
como os taxistas nas cidades de São Paulo e Fortaleza. Outros como em
Camaragibe – PE protestavam pelo desaparecimento de jovens. Mas a maioria dos
protestos, alguns que começaram na tarde e noite do dia 10/05 e outros na
madrugada ou manhã do dia 11/05, defendiam a permanência da presidente no governo.
Eram vias municipais urbanas em
diversas cidades, rotas estaduais e rodovias federais bloqueadas, vejam bem,
BLOQUEADAS, impedindo a atribuição da liberdade de ir e vir, amparada
constitucionalmente, por um bando de arruaceiros que não tiveram a mínima responsabilidade
jurídica e civil, de protocolar seus protestos na PC ou na PM/BM para que as
rotas fossem desviadas preventivamente.
Quando caminhoneiros bloquearam as
vias de acesso, foram subjugados e massacrados socialmente perante a mídia e os
legisladores, bem como fisicamente, por parte da força nacional, tendo de arcar
com multas estratosféricas, no valor de R$ 5.746,00, caso não liberassem a
pista. Este valor provém de um reajuste por meio de medida provisória da
presidência da república sob a justificativa de que “obstruir é crime!”. Os
motoristas protestavam por menor interferência do estado nos quesitos de frete
e horas rodadas, bem como o valor do combustível e, alguns grupos, pelo
impeachment de Dilma Rousseff. Portanto, isto (a multa) também se aplicará ao
MST, aos taxistas que protestam contra o mercado, aos demais movimentos sociais
pró-governo, não é? Aí que vocês se enganam.
Aos que comungam dos métodos
totalitários e intervencionistas da esquerda, não haverá multas, não haverá
repressão por parte do governo federal. A segurança nacional será convocada, no
máximo, para fazer a segurança dos anarquistas de plantão.
E aí, como fica nossa ‘republiqueta
de brasis’ frente a este caos? Frente a este descaso para com a parcela maior
da população brasileira que frisa no trabalho duro como método de atingir
estabilidade econômica e bem-estar social? Onde ficam os ordeiros neste momento
para por um basta nestes ditos movimentos sociais?
Pelo que se passou durante o dia, percebi
que não fui o único a pensar desta maneira. Houve vários enfrentamentos entre
arruaceiros e cidadãos. Eram motoristas em seus veículos atropelando os
defensores da supressão do mercado (taxistas), eram populares combatendo
guerrilheiros terroristas especializados em arruaça (MST), enfim, um verdadeiro
cenário tumultuoso, beirando a explosão de uma guerra civil (onde estão nossas
armas nesta hora?).
Agora, após a maior vitória
democrática deste novo senso comum nacional, através do afastamento da presidente
da república, tenho esperanças de que seja colocada em plenária a pasta
antiterrorismo. Não desejo acordar pela manhã e visualizar chamas provenientes
de baderneiros pelas ruas da minha cidade, do meu estado. O terrorismo deve ser
combatido, aqui e agora!
Democracia funciona? Funciona sim!
Porém, quando incapazes de possuir senso crítico e ceticismo, em decisões que
influenciem toda a população de determinado território, desde economia a
questões sociais, fazem o uso desta, vemos o início do fim do que chamamos de
regime democrático. Foi assim com Getúlio Vargas, Jânio Quadros e João Goulart.
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