Foi com liberdade econômica, iniciada com Pinochet, que Chile se tornou desenvolvido
Por Pedro Winnycius Caran
O dia 11 de Setembro é uma data histórica para o povo chileno
devido à ruptura institucional e econômica feita por Augusto Pinochet, o grande
e destemido ditador daquele país.
Em 1973, Pinochet liderou o golpe militar que depôs o governo
democrático de Salvador Allende dando, além de outras mudanças, uma nova
perspectiva econômica mantida durante o processo de redemocratização do país: a
liberdade econômica.
Além de prever uma menor intervenção estatal na economia, o Chile atingiu conquistas de superávits na balança comercial para se prevenir de possíveis crises. A exportação do cobre é o item principal, já que a produção de cobre chileno, que há anos tem uma renda per capita considerada de país desenvolvido, é a maior do mundo.
Além de prever uma menor intervenção estatal na economia, o Chile atingiu conquistas de superávits na balança comercial para se prevenir de possíveis crises. A exportação do cobre é o item principal, já que a produção de cobre chileno, que há anos tem uma renda per capita considerada de país desenvolvido, é a maior do mundo.
Entretanto, uma liberdade não vive sem a outra. Por esse
motivo que o grande desenvolvimento, em geral, se deu após a redemocratização
do Chile quando houve a combinação da liberdade política-civil e econômica. Combinando
todos esses fatores, vemos que o sucesso da economia chilena se dá pela
desburocratização e pela privatização de vários setores públicos, como, por exemplo, o
setor de telefonia que gerou uma série de benefícios para os chilenos: emprego,
redução de preços nos serviços prestados e liberdade de escolha.
No Brasil, o setor de telefonia também foi privatizado,
entretanto a burocracia é tão alta (regulamentada pela ANATEL) que há
oligopólios ao invés de uma concorrência mais justa e satisfatória para os
brasileiros.
Além disso, o Chile abriu o mercado para receber investimentos
estrangeiros dando uma taxa de juros relativamente baixa, comparada ao Brasil,
trazendo altos investimentos externos que elevaram a poupança externa. Ao todo, foram 22 acordos com 60 países, incluindo China e EUA.
Com altos investimentos estrangeiros, balança comercial
superavitária, taxa de juros baixa, altos investimentos no turismo e com o
maior IDH da América do Sul, o Chile recebeu o título de país desenvolvido pelo
Conselho de Ministros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE) em 2010.
A liberdade está diretamente ligada ao desenvolvimento, e o
Chile é a maior prova disso na América Latina.