Por Leo Fernandes
“Mamãe eu quero, mamãe eu quero, mamãe eu quero
problematizar...” Essa seria a versão contemporânea da famosa
marchinha carnavalesca “Mamãe Eu Quero”. Por que eu falo isso?
Simples, o carnaval deste ano deixou de ser uma festa para que
possamos nos divertir, para que possamos agora patrulhar os outros.
Faltando uma semana antes do carnaval, grupos em diversas redes
sociais fizeram uma campanha bastante infeliz pedindo para que as
pessoas deixassem de se fantasiar de índios em blocos carnavalescos.
Algumas pessoas compraram a ideia e ficam o tempo inteiro
compartilhando essa campanha imbecil por toda a internet. E ainda tem
gente que acha isso normal.
Pois bem: carnaval pra mim é uma festa para você se distrair, o
cara pode ser o que ele bem entender durante quatro dias e esquecer
os problemas que assolam o seu dia-a-dia no resto do ano. Em nome do
maldito “politicamente correto”, então não podemos nos
fantasiar de índios, escravos, nega maluca, mulher, anão, marciano,
homem, micróbio, etc... pois tudo isso macula os pobres e sensíveis
patrulheiros da vida alheia pela internet afora. E isso também
reflete nas antigas e consagradas marchinhas.
Eu sou um amante do carnaval, desde pequeno vou aos blocos, acompanho
os desfiles na Marquês de Sapucaí e fico horas e horas em frente a
televisão ou ao computador, fazendo análises dos desfiles das
escolas de samba. Andei pensando sobre esse patrulhamento idiota da
turma da esquerda e imaginei que se isso tivesse acontecido há mais
tempo, por exemplo, não teríamos o magnífico desfile da Imperatriz
de 1994, “Catarina de Médicis Na Corte dos Tabajeres e
Tupinambeaux”, enredo campeão com Rosa Magalhães. Também não
teríamos “O Dono da Terra”, de 1999, desfile campeão do Grupo
A, pela Unidos da Tijuca, de Oswaldo Jardim.
Eles que tanto protestaram contra o Governo Militar e a censura nos
anos 60 e 70, hoje, em pleno século 21, querem impor a mesma coisa
que seus históricos adversários políticos. E se você falar algo
publicamente contra eles, você é taxado de fascista, manobrista,
taxista, entre vários “istas” que conhecemos em nosso idioma.
Realmente, o mundo está chato pra caramba, graças ao mimimi de
algumas pessoas que se dizem protetoras dos diretos humanos e o
escambau. Agora nem podemos mais brincar carnaval direito e de nos
fantasiarmos como quisermos. Acho que nos próximos carnavais, iremos
todos fantasiamos de múmias, para representar o pensamento desse
povo da esquerda.
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