Grupo de Puebla, a nova versão do Foro de S. Paulo
Enquanto os países da região enfrentam manifestações virulentas insufladas pela esquerda, como Argentina, Chile e Equador, os bolivarianos da região buscam se fortalecer não apenas para apoiar a tirania de Nicolás Maduro na Venezuela, mas também para continuar na mesma linha do Foro de São Paulo.
![]() |
Grupo de Puebla (Prensa Latina) |
Em julho desde ano, se reuniram em Puebla, México, 30 líderes esquerdistas da América Latina. Juntos, formaram um grupo com a pretensão de se contrapor ao Grupo de Lima.
Chamaram o movimento de "Progressivamente", organização que em seu site oficial anuncia a coordenação entre as várias lideranças de esquerda, entre elas: Fernando Haddad, Dilma Rousseff, Lula e Aloizio Mercadante.
Ainda no site oficial do grupo, chama a atenção o espaço dado os violentos protestos que aterrorizam a América Latina, e a versão da esquerda para elas.
![]() |
Reprodução/Progressivamente |
Para o cientista político Pedro Urruchurtu, professor universitário e diretor do programa para a América Latina da Federação Internacional da Juventude Liberal (IFLRY), nada do que está acontecendo na região é coincidência. Ele assegura que é um plano armado pelos movimentos de esquerda da região para a retomada do poder a todo custo.
Casualmente se han pronunciado contra Duque, contra Bolsonaro, contra Lenín Moreno y han rechazado la invocación/activación del TIAR en el conflicto venezolano. ¿Casualidad? Su línea va directo contra el Grupo de Lima y el bloque democrático en la OEA. Su fin es acabarlos.— Pedro A. Urruchurtu (@Urruchurtu) 19 de outubro de 2019
Urruchurtu lembra que os membros do Grupo Puebla "falaram contra Duque, contra Bolsonaro, contra Lenin Moreno e rejeitaram a invocação do TIAR no conflito venezuelano".
O especialista afirma que o principal objetivo desta nova coalizão é acabar com o Grupo de Lima e o bloco democrático da OEA, que até agora tem sido firme em condenar o regime Maduro.
"Por coincidência, eles se reúnem dez dias antes da reunião do Fórum de São Paulo, realizada em Caracas, e desde então começou uma onda desestabilizadora, protegida por protestos sociais contra governos que mudaram seu rumo em direção às políticas de liberalização econômica", afirmou.
El modelo neoliberal impuesto en América Latina y el mundo está agotado, ha resultado un fracaso, por eso la rebeldía y manifestaciones de los pueblos. Es tiempo de cambiarlo.— Gobierno de México (@GobiernoMX) 24 de outubro de 2019
Hoy en México estamos demostrando que se puede gobernar de manera distinta. pic.twitter.com/ERdbn4Vd4m
O discurso do presidente do México e anfitrião da reunião do Grupo de Puebla, Andrés Manuel López Obrador, deixa claro a tentativa de capitalizar as manifestações. Culpando as "privatizações" e o dito "neoliberalismo", o mandatário mexicano faz um discurso cínico, que ignora os problemas do próprio país, e é desmascarado por uma seguidora:
Lo que está agotado es el socialismo bolivariano que hoy revienta los países de América Latina.— Adela🇲🇽🇲🇽🇲🇽🇲🇽🇲🇽🇲🇽 (@anamariaquinx) 24 de outubro de 2019
Quieren convertirlos a todos en Narco-Estados.
Ya sabe, esos gobiernos que protegen y se asocian con el Crimen Organizado.
A seguidora lembra das ligações da esquerda latino-americana com o narcotráfico. Recentemente, López Obrador apoiou a libertação do filho de El Chapo, famoso traficante mexicano com a desculpa de "poupar a vida das pessoas".
Estamos nos esforçando para mostrar as coisas boas que os conservadores estão fazendo pelo Brasil. Se você nos ajudar, poderemos publicar mais artigos como esse. Visite o nosso Apoia.se!