Durante debate no quadro "Resenha Política", o colunista Lucas Fraternais trouxe a informação que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, torce para que o voto impresso seja derrotado na votação do plenário.
- Estive conversando com fontes da Câmara dos Deputados e eles me confirmaram que o Arthur Lira está jogando dos dois lados, ou seja, defende que a PEC do voto impresso vá para o plenário numa tentativa de agradar o presidente Jair Bolsonaro, mas torce para que o projeto seja derrotado para agradar o centrão, que era a favor, mas ficou contra o projeto.
Fraternais também esclareceu o motivo que fez Arthur Lira defender que o projeto de emenda a Constituição do voto impresso seja votado no plenário.
- O Arthur Lira acredita que uma derrota do voto impresso no plenário da Câmara, com o centrão votando com força contra o projeto, fará com que o presidente Jair Bolsonaro desista dessa pauta.
Já a colunista Isadora Salutem opinou que a ida da PEC do voto impresso para o plenário da Câmara é mais uma chance para a direita tentar reverter a situação e exercer pressão pela aprovação do projeto.
- Eu acho que nesse momento não interesse se o Arthur Lira é a favor, contra ou está em cima do muro. Se ele vai levar a PEC para o plenário, ótimo, é o que precisamos. A gente continua tendo chance de exercer influência sobre os deputados, apesar de ser uma missão quase impossível.
Antônio Fidelium pensa diferente da colega. Ele acredita que a PEC do voto impresso faria muita gente em Brasília "cair do cavalo" e por isso está pessimista com a votação.
- Eu não tenho nenhuma esperança que a PEC será aprovada. Se a eleição ganhar mais transparência graças ao presidente Jair Bolsonaro, seus aliados e apoiadores, muita gente em Brasília vai cair do cavalo. Porém, essa gente, além de poderosa, também é corporativista, vão proteger uns aos outros. A PEC não passa.
No "Resenha Política" sobre o que esperar da votação da PEC do voto impresso no plenário da Câmara, o colunista Raul Prudens trouxe uma questão diferente a ser abordada. Ele falou da grande mídia anti-Bolsonaro.
- Se a grande mídia anti-Bolsonaro fosse jornalisticamente honesta e profissional, colocaria pessoas a favor e contra o voto impresso pra defenderem seus pontos de vista e deixaria o público formar a sua própria opinião. Mas infelizmente muitos veículos deixaram a honestidade e o profissionalismo de lado pra agirem feito militantes. Escolheram ser contra a transparência nas eleições por serem contra Jair Bolsonaro e estão militando nesse sentido.
-------------------------------------------------
Quatro conservadores aceitaram o convite de O Congressista e se disponibilizaram a realizar debates por escrito de todos os temas que forem propostos. No entanto, eles pediram para utilizar nomes fictícios para não serem reconhecidos e não sofrerem represálias em seus locais de trabalho, pois os quatro trabalham em ambientes dominados pela esquerda.
Siga os participantes do Resenha Política, através dos seus codinomes, no Twitter:
0 Comentários
Os comentários ofensivos e anônimos serão apagados. Daremos espaço à livre manifestação para qualquer pessoa desde que não falte com o respeito aos que pensam diferente.