Neste final de semana me deparei com uma surpresa. Um conhecido que milita pelo PCO (Partido da Causa Operária, de extrema-esquerda) me disse que na visão dele o STF está perseguindo a direita e que também na sua opinião isso é um erro (sim, como jornalista sou obrigado a conviver com militantes da extrema-esquerda).
É claro que não concordo com tudo que foi dito por ele. Esse senhor de 64 anos também afirmou que o Supremo está dando um motivo real para a direita se colocar na posição de vítima que sofre perseguição. Na verdade isso acontece aqui no Brasil desde sempre, nas universidades, no meio artístico, nas redações jornalísticas e por aí vai.
Só quem é conservador no Brasil sabe como é complicado tentar levar uma vida em locais dominados pela esquerda.
>>>Para que serve o Procurador-Geral da República?
Mas voltando ao que foi dito por esse senhor comunista, a frase dele que mais me surpreendeu foi: "democracia é quando os direitistas têm os mesmos direitos dos esquerdistas de falar o que quiser". Foi a primeira vez que vi alguém da extrema-esquerda fazendo a definição correta da palavra "democracia". Geralmente, os esquerdistas se dizem defensores da democracia ao mesmo tempo que querem cassar os direitos da direita.
Não é de hoje, inclusive, que vejo muitos direitistas em tom de brincadeira, mas às vezes também falando seriamente, que estão sendo obrigados a concordar com publicações do PCO nas redes sociais. Este tem sido o único partido tanto da esquerda como da extrema-esquerda a buscar a sensatez em alguns momentos.
Porém, recomendo aos direitistas que tomem cuidado nessa convergência ainda que pontual. Como revelou esse senhor, apesar dele reconhecer que o STF persegue a direita, o que realmente lhe incomoda é o fato da direita ser uma vítima dessa perseguição.
No entanto, embora a defesa dele por direitos iguais ainda não seja totalmente genuína, obviamente já é muito melhor do que a de 99% dos esquerdistas que vemos por aí.
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Quatro conservadores aceitaram o convite de O Congressista e se disponibilizaram a realizar debates por escrito de todos os temas que forem propostos. No entanto, eles pediram para utilizar nomes fictícios para não serem reconhecidos e não sofrerem represálias em seus locais de trabalho, pois os quatro trabalham em ambientes dominados pela esquerda.
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